Acidente com a Saks Sonorizações Postado sábado, 7 de fevereiro de 2009 ás 23:17
Foram necessárias 21 horas de trabalho para que fossem retirados a carreta e o carro envolvidos no acidente que matou três na BR-287.
Fumaça no ar, engarrafamento, desespero e muito trabalho no asfalto da BR-287. Esse foi o cenário do Passo da Cruz, localidade de São Pedro do Sul, durante toda a sexta-feira, enquanto voluntários e funcionários de um guincho faziam de tudo para retirar das ferragens a carreta-baú e a Parati que se envolveram em um acidente trágico na noite de quinta-feira, deixando três mortos. Se o final da noite de quinta foi trágico, devido à altura das chamas e à descoberta de que havia três mortos, o nascer do dia revelou uma cena assustadora: os veículos que viraram um amontoado de ferro queimado e retorcido.
O carro foi resgatado ainda pela manhã. Já para retirar a carreta do barranco de cerca de 10 metros onde caiu, foram necessárias 21 horas, três guinchos, diversos cabos de aço e muita boa vontade para vencer o sol forte e a fumaça que insistia em voltar mesmo após milhares de litros de água derramados no veículo. Foi só por volta das 17h30min que o trabalho chegou ao fim e a rodovia que ficou a maior parte do tempo parcial ou totalmente interditada, pôde ser liberada.
Mesmo com o enterro de um dos mortos, o motorista da carreta Herton Sérgio Gütheil, 58 anos, e a descoberta da identidade das outras duas vítimas – o motorista da Parati, Luiz Gonzaga da Silva Machado, 74, e do seu filho, o mecânico José Luis Gomes Machado, 48 – muitas dúvidas não foram respondidas. O pouco que se sabe é que os dois veículos, que estavam em sentidos opostos, bateram de frente. Algumas testemunhas afirmam que um terceiro veículo seria o responsável pela tragédia, porque teria feito uma ultrapassagem perigosa, que teria desviado o caminhão de sua pista. O único sobrevivente que poderia dar certeza do que ocorreu, o carona da cabine da carreta, Gilberto Teixeira Barbosa, falava ao celular quando o acidente ocorreu e não sabe dizer o que causou a tragédia. Para se salvar, ele pulou da cabine, mas antes tentou tirar o colega Herton que estava preso nas ferragens.
O acidente, por pouco, não foi pior. Na carreta, que pertencia a Saks Sonorizações, que levava equipamentos para um show da dupla Claus e Vanessa, em Imbé, havia, além do motorista, seis pessoas. A maioria estava na parte do baú, onde existiam quatro camas usadas para viagem. Antes do caminhão explodir, os seis funcionários conseguiram saltar do veículo.
Para apagar o fogo, bombeiros usaram milhares de litros de água, que foram retirados de açudes das proximidades. Também foi usada espuma química específica para resfriar metais e combater fogo alimentado por combustível. Em meio a tantos problemas, mais um: um caminhão dos bombeiros que ia de Santa Maria para São Pedro do Sul enguiçou. Foi só quando o fogo baixou, por volta da meia-noite, que os corpos começaram a ser retirados.
Segundo o dono da empresa e compadre de Herton, Cirangelo Carvalho, 45 anos, o caminhão tinha passado por uma revisão na quarta-feira. Ele disse que não sabia que havia pessoas no baú do veículo no momento do acidente. Como o evento seria grande, o caminhão estava carregado com todos os equipamentos que a empresa tinha. O prejuízo seria de cerca de R$ 1 milhão.
Fonte: Clic RBS/Zero Hora.
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