Nova arma nas mãos da Brigada Militar do RS Postado sábado, 25 de julho de 2009 ás 18:57
Policiais militares já estão portando pistolas não-letais nas ruas do Estado. Desde segunda-feira, a utilização da arma da marca Taser, criada há 10 anos nos Estados Unidos e que imobiliza o criminoso, está autorizada pelo comando da Brigada Militar (BM).
Em Santo Ângelo e Ijuí, nas Missões, a pistola nas cores amarela e preta pôde ser vista na tarde de ontem, na cintura de brigadianos. Ela é levada em um coldre, no lado oposto ao lado em que é carregada a arma de fogo.
Em Santa Rosa, a utilização começou na quinta-feira. Ainda não houve necessidade de usá-la para conter algum agressor.
Atingido pelos dois dardos disparados pela arma, o alvo recebe um estímulo elétrico de 50 mil volts e perde o controle de seu corpo, caindo. Somente brigadianos treinados poderão operar o equipamento.
Na área do Comando Regional de Polícia Ostensiva das Missões (CRPO), 20 servidores estão aptos. Quatorze armas foram distribuídas para Santo Ângelo, Ijuí e São Luiz Gonzaga, conforme o comandante regional, coronel Eloe Antonio Perius. Ela será empregada em casos de pessoas que resistam a uma contenção e que portem arma branca, como faca.
No Estado, 500 policiais militares já receberam treinamento. Até o final do ano, o efetivo apto a usá-la será de 1,2 mil. A corporação tem 300 pistolas não-letais.
Conforme o chefe do Centro de Material Bélico da BM, major Érico Flores, o início da utilização do equipamento fica a cargo dos regionais:
– A arma vai ajudar a diminuir as lesões nas ocorrências em que existe a necessidade de imobilização da pessoa. Vai evitar o uso do bastão. É uma ferramenta que pode dispensar o uso da força física por parte do policial. Conforme Flores, a arma não será empregada em situações em que os criminosos estejam com arma de fogo.
– A Taser será utilizada em ocorrências em que a pessoa esteja embriagada, drogada, fora de si, descontrolada. Com a arma de fogo, o policial tem uma fração de segundo para decidir usá-la ou não. Já com a pistola não-letal, ele vai ter calma para analisar a situação, verificar se a pessoa tem condições de receber o choque – comenta.
Fonte: Matéria publicada no Jornal Zero Hora deste sábado, autoria de Silvana de Castro.
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