Editorial da Rádio Santiago: As Marcas da BR 287 Postado sábado, 29 de janeiro de 2011 ás 13:44
O sentimento de perda de uma vida nos últimos tempos em função de acidentes na BR 287, perímetro urbano de Santiago, tem afetado a sociedade Santiaguense. Para um curto percurso compreendido como perímetro urbano, são muitos casos. São várias as razões, que vão desde a falta de atenção de pedestres e motoristas até o desconhecimento de regras básicas para se ter um trânsito seguro. Ainda nesta semana a Polícia Rodoviária Federal flagrou e multou motoristas que transitavam acima da velocidade permitida para o local. Onde se deve rodar ao máximo de 60 quilômetros por hora, houve registro de veículos acima de 100, o que corrobora para o acidente.
Muito se tem discutido sobre soluções se não definitivas, mas pelo menos paliativas que possam diminuir o número de acidentes no trecho, entre elas a construção de uma passarela nas proximidades do trevo do Batista. Dependemos de projeto, verbas e isso sabemos sempre é lento e burocrático. Agora o DNIT sinaliza com a instalação de um redutor eletrônico de velocidade no local, o que certamente iria frear os motoristas que excedem ao limite permitido.
A verdade sobre os acidentes ocorridos na 287 é que todos precisam ter consciência. Nenhum dispositivo será suficientemente eficaz se motoristas não respeitarem as leis do trânsito e se pedestres, ciclistas e transeuntes não cumprirem suas obrigações com relação a sua segurança pessoal e de terceiros. Uma campanha educativa voltada exclusivamente ao perímetro urbano de Santiago traria bons resultados, mas novamente chamamos a atenção de que qualquer movimento terá que ter a participação consciente da população. Ao longo do trecho existem placas indicativas da velocidade permitida, basta prestar atenção e cumprir as leis do trânsito.
Vidas estão sendo ceifadas pela imprudência. Isso precisa de atenção especial, porque a cada dia não sabemos o que vai acontecer, o que será noticiado. Fica a sensação de perigo constante, trazendo muitas vezes a tristeza para famílias que perdem seus entes queridos. Isso tem que ter um basta.
A responsabilidade da rodovia, por se tratar de uma BR é do DNIT, órgão do Governo Federal, mas isso não significa que nossos gestores políticos não possam participar desse processo de humanização da rodovia. Humanizar para viver, só assim essa violência na rodovia poderá ter um basta.
Texto do radialista Paulo Pinheiro - 29.01.2011.
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