Renasceu aos 46 anos: Após 3 meses hospitalizado, pintor que sofreu descarga elétrica volta para casa Postado domingo, 29 de junho de 2014 ás 17:29
Em reportagem especial neste domingo chuvoso, o Blog Rafael Nemitz conta a história do pintor santiaguense que, aos 46 anos, renasceu após sofrer um violento choque elétrico.
Pintor há 20 anos, Claudionor renasceu aos 46 anos de idade após sofrer uma descarga elétrica de pelo menos 23 mil volts. |
Claudionor Morais da Silva, de 46 anos, é a prova viva de que Deus existe. O santiaguense, que há 20 anos trabalha como pintor, renasceu após sofrer uma descarga elétrica de pelo menos 23 mil volts em seu corpo, quando pintava um prédio em construção em São Francisco de Assis. O acidente ocorreu no dia 10 de março de 2014.
Para os médicos que lhe atenderam em São Francisco de Assis, Santa Maria e Porto Alegre, seu quadro de saúde era irreversível. O tempo e a força de Claudionor em se manter vivo mostraram exatamente o contrário.
O pintor saiu do Hospital Santo Antônio em São Francisco de Assis em estado grave, com 90% do corpo queimado pelo choque elétrico, que causou queimaduras de 2º e 3º grau. Apenas o seu rosto não sofreu ferimentos. A gravidade das queimaduras exigiram sua transferência para a unidade de queimados do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, onde permaneceu até a última quarta-feira, 25 de junho. Foram 105 dias de internação hospitalar e cerca de 50 cirurgias para repor a pele perdida no acidente e salvar órgãos vitais atingidos pela descarga elétrica.
O tratamento hospitalar que o pintor recebeu, incluindo as 50 cirurgias, foi custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Agora, em Santiago, Claudionor espera receber atenção especial da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Ele precisa de fisioterapeuta em casa para voltar a caminhar, além de enfermeiros para a troca diária de curativos. Um tela especial, chamada AGE, que evita o atrito das queimaduras com a cama, também é necessária para a recuperação do pintor. A tela é trocada entre o 5º e 7º dia de uso. Claudionor precisará ainda retornar ao Hospital Universitário de Santa Maria e talvez até o Hospital de Pronto Socorro em Porto Alegre, para que os médicos acompanhem a evolução da cicatrização das cirurgias, por isso dependerá de transporte disponibilizado pelo município.
Por enquanto o pintor repousa em uma cama e em alguns momentos do dia, a mãe e a esposa o colocam em uma poltrona que fica ao lado da cama. |
Claudionor espera voltar a trabalhar o mais rápido possível. "Meus médicos me disseram que terei uma vida normal após a minha recuperação. Não vejo a hora de voltar a trabalhar, mas pelos próximos meses preciso me recuperar. Este ano, enquanto as feridas não cicatrizarem, talvez não seja possível voltar ao trabalho, mas acredito que em 2015 Deus vai me dar esse presente", destacou o pintor.
O pintor aproveitou para agradecer o empresário Ademar, da Cia das Tintas, por todo apoio e acompanhamento durante o período em que esteve hospitalizado. "Não deixa, Rafael, falarem mal do Ademar, pois fizeram injustiças com ele na época do acidente. Ele só me ajudou e segue ao meu lado. Daqui a pouco, vou voltar e dar trabalho para ele. Ainda tenho muitas casas e prédios para pintar junto com este meu amigo", encerrou Claudionor.
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