Coluna de Marianita Ortaça: Crianças e o transtorno desafiador de oposição Postado sábado, 7 de janeiro de 2017 ás 16:13
Crianças e o transtorno desafiador de oposição
Crianças teimosas, que não conseguem aceitar não como resposta, que se irritam com facilidade e demonstram essa irritação com palavras ásperas e birras frequentes, que mentem com muita facilidade tornando isso rotina... Crianças com comportamentos semelhantes a esses podem ter o chamado “transtorno desafiador de oposição”, porém, para obter esse diagnóstico a criança deve passar por uma criteriosa avaliação com profissionais da área (psiquiatras e psicólogos). Essa avaliação estende-se aos pais, pois, em grande parte dos casos os sintomas apresentados pela criança são expressos no ambiente familiar e com adultos próximos.
No transtorno desafiador de oposição, os acessos de raiva, a recusa ativa em obedecer a regras e os comportamentos irritantes excedem as expectativas para criança dessa idade. Diz-se isso porque birras e certos comportamentos inadequados são normais no desenvolvimento da criança (SADOCK & SADOCK, 2011 p 104). Acontece que nesse transtorno essa normalidade é ultrapassada e a criança passa a ter um padrão persistente de comportamentos negativistas, hostis e desafiadores na ausência de violações graves de normas sociais ou direito dos outros. Mas a grande preocupação é que pode vir a progredir e isso acabar acontecendo.
Transtorno desafiador de oposição crônico quase sempre interfere nos relacionamentos interpessoais e no desempenho escolar. As crianças afetadas em geral não têm amigos e entendem os relacionamentos interpessoais como insatisfatórios. Apesar da inteligência adequada, têm desempenho acadêmico insatisfatório ou não passam de ano, uma vez que se recusam a participar, resistem a demandas externas e insistem em resolver problemas sem a ajuda de outros. Secundários a essas dificuldades estão baixa autoestima, baixa tolerância a frustração, humor deprimido e acessos de raiva. Adolescentes podem abusar de álcool e substancias ilegais. Muitas vezes, esta condição evolui para transtorno da conduta ou transtorno do humor (SADOCK & SADOCK, 2011 p 104).
O referido transtorno acarreta em problemas e sofrimento a familiares da criança. Se seu filho ou criança próxima apresenta um comportamento semelhante, ajude-o encaminhando para avaliação psicológica.
*Marianita Ortaça é psicóloga, cantora e instrumentista. Tem consultório e reside em São Luiz Gonzaga, na região missioneira. É filha de Pedro e Rose Ortaça. Irmã de Alberto e Gabriel. Realiza palestras em todo o Estado, especialmente sobre temas relacionados a psicologia.
Baboseira tudo isso. Muita teoria. Muita bajulação. Muita falta de limites. Hoje, com raras exceções, nossos jovens recebem tudo de mão beijada, não tem compromisso algum, não tem respeito próprio e muito menos pela família e pela escola.
Oque falta, não é tratamento algum. Falta ocupação ao jovem, imposição de responsabilidades, limites e construção de bons cidadãos que respeitem uns aos outros e que tenham amor no coração.