Luto em Santiago: Professor Júlio Rafael faleceu nesta terça-feira Postado terça-feira, 3 de outubro de 2017 ás 11:09
Está sendo velado na Sala 1 da Capela Andres, o professor de matemática Júlio Rafael Fortes da Silva, de 80 anos. Ele faleceu em Santa Maria nesta terça-feira, 03, em decorrência de um câncer. O sepultamento será às 17 horas no Cemitério Municipal.
O professor, muito querido e conceituado em Santiago pelos anos dedicados a educação, a cultura e ao esporte, deixa a esposa, três filhas e netos.
Diretório acadêmico do Direito divulga nota de falecimento
O Diretório Acadêmico de Direito Moysés Vianna comunica com pesar, o falecimento de Julio Rafael Fortes da Silva, pai da querida professora Ione Brum da Silva.
Professor de matemática por profissão e desportista por paixão, Julio Rafael prestou relevantes serviços à comunidade de Santiago, deixando sua marca e legado na memória de nossa cidade. Nossa solidariedade a Prof.ª Ione e também a todos os familiares e amigos neste momento de dor e de saudades.
DAD Moysés Vianna.
Notável professor de Matemática no antigo Ginásio Cristóvão Pereira (hoje Câmara de Vereadores), próximo ao depósito de bebidas do seu Amadeu Zauza, na rua Bento Gonçalves. Anos 60 e ele, ainda jovem, sempre bem vestido, era rigoroso com os números e com os ginasiados desavisados quanto as armadilhas da Matemática. O professor Julio era temido pelo pessoal que cursava o terceiro ano. Tive uma passagem interessante com ele. Não conseguindo atingir os pontos necessários para eliminar Matemática e tive de fazer à prova final, - necessita somar 42 pontos e fiquei com 41 - precisando de 2,5. No exame final, escolhi uma questão que valia três pontos, daquelas que o desenvolvimento cobria uma página de papel almaço e conclui rapidamente. Como estudei muito, resolvi ingenuamente provar da maneira mais estúpida enfrentar o emocional daquele professor absoluto e firmemente apoiado nos seus conhecimentos. Desenvolvi à questão e coloquei a prova sobre a mesa dele que ficou curioso pela minha rapidez, quando era normal consumir um bom tempo refazendo e rezando para não trocar sinais, virgulas e outras rasteiras comuns com se usa números. Depois de olhar e ver que que eu havia respondido apenas uma questão, ele indagou se era aquilo mesmo. Respondei que sim, para logo em seguida ouvir uma lacônico "Tudo bem". Resultado: sofri por longos dias esperando o resultado e já começando acreditar que havia feito uma besteira enorme. Fui aprovado, mas jamais esqueci daquele professor de Matemática. Aprendi muito com aquele episódio. Que o bom Deus o receba, professor Júlio Rafael. Sua obra como educador será sua melhor testemunha perante do Senhor da Justiça eterna.