Artigo da psicóloga Maiara Castro de Freitas: A mulher e a maternidade, um exercício de reivenção Postado domingo, 16 de dezembro de 2018 ás 22:40
A Mulher e a Maternidade: Um Exercício de Reinvenção
Muitas mães carregam, ainda hoje, uma culpa enorme por não conseguirem ser o sinônimo de aceitação, respeito, empatia e paciência que gostariam de ser. Muitas dessas mulheres estão rodeadas por regras de convivência entre mães e filhos que não conseguem colocar em prática. Recebem dicas, o tempo todo, sobre como serem próximas, afetivas, carinhosas e expandir amor em todo o percurso dessa relação. No entanto, são humanas; feitas de carne e osso, com cicatrizes, mágoas, vivências e flexibilidade suficiente para impulsionar a mudanças há quase todo o instante.
É preciso pensar em tolerância as nossas limitações humanas e colocar isso em prática. Ninguém nasceu sabendo ser mãe; esse é um processo que se constrói todos os dias e se refaz a cada nova experiência. Somos falhos, imperfeitos e, por vezes, incoerentes. Os filhos guardarão memórias dos melhores e piores momentos, sabendo que os pais nem sempre conseguem ser e fazer aquilo que gostariam. E dessa forma a vida segue, "caminhando no possível, não no ideal". Pois, como nos diz Amaral, "o ideal é a estrada que nos leva à culpa. O possível é o caminho que nos redime, que nos conforta, que nos faz inclusive avançar um pouco além do que imaginávamos conseguir ser".
As mulheres recebem um fardo de terem que ser muito mais do que conseguem, antes mesmo de serem mães. A maternidade vem mais como um "dever-ser" e essa conta/lugar social torna-se negativa e desequilibrada; muita carga, muito ônus, que compõem um lugar social desigual. Junto a isso, soma-se o parâmetro inalcançável de desempenho, que pode gerar desgaste, exaustão e adoecimento desta mãe.
É preciso pensar em tolerância as nossas limitações humanas e colocar isso em prática. Ninguém nasceu sabendo ser mãe; esse é um processo que se constrói todos os dias e se refaz a cada nova experiência. Somos falhos, imperfeitos e, por vezes, incoerentes. Os filhos guardarão memórias dos melhores e piores momentos, sabendo que os pais nem sempre conseguem ser e fazer aquilo que gostariam. E dessa forma a vida segue, "caminhando no possível, não no ideal". Pois, como nos diz Amaral, "o ideal é a estrada que nos leva à culpa. O possível é o caminho que nos redime, que nos conforta, que nos faz inclusive avançar um pouco além do que imaginávamos conseguir ser".
As mulheres recebem um fardo de terem que ser muito mais do que conseguem, antes mesmo de serem mães. A maternidade vem mais como um "dever-ser" e essa conta/lugar social torna-se negativa e desequilibrada; muita carga, muito ônus, que compõem um lugar social desigual. Junto a isso, soma-se o parâmetro inalcançável de desempenho, que pode gerar desgaste, exaustão e adoecimento desta mãe.
A essas mães exaustas, que possamos abraçá-las, construir apoio real e criativo; que possamos olhá-las com amor, pelo seu esforço diário em ser melhor; que sejamos humanos o suficiente para escutá-las e compreendê-las, operando com ações produtivas e apoiadoras pois "não há hierarquia humana entre quem estende a mão e quem chora. E, assim, o grito se faz lágrima, a lágrima se faz reparação, e a esperança ganha fôlego para continuar existindo. O grito é a morte da esperança desta mãe em si mesma, e o abraço que ela recebe de nós é o cenário de seu renascimento. E ele está, literalmente, em nossas mãos".
Fonte: lunetas.com.br
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