O impacto da primeira infância na qualidade de vida Postado quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020 ás 20:32
É possível saber se a criança será bem sucedida ou capaz de fazer boas escolhas no futuro?
Apesar de não serem fatores únicos, vínculos familiares e ambientes saudáveis são essenciais ainda na primeira infância – que vai até 6 anos – para desenvolver características cerebrais presentes em adultos autônomos e com mais qualidade de vida. Pesquisas explicam que as funções cerebrais responsáveis por muitas habilidades necessárias na vida são geradas na nesta fase com as funções executivas, um conjunto de três dimensões composto por memória de trabalho, controle inibitório e flexibilidade cognitiva.
É a partir das funções executivas que o ser humano aprende a armazenar e relacionar informações a curto prazo, o que ajuda, por exemplo, a lembrar o que estava fazendo antes de ser interrompido; ter domínio sobre a atenção e o comportamento, como conseguir ler um texto em um ambiente barulhento; e considerar diferentes pontos de vista antes de tomar uma decisão, o que influencia na identificação e correção de erros cometidos.
O grande desafio para esta geração está em minimizar as diferenças de oportunidades e construir os vínculos necessários na primeira infância. Para isso, faz-se necessário entender o cuidado com as crianças como um dever não só da família, mas do Estado e de toda a sociedade. E aqui, vale salientar que famílias com maior privação material podem ter dificuldade em construir ou acessar ambientes favoráveis ao desenvolvimento infantil, da mesma forma famílias com maior nível socioeconômico também podem ter dificuldades com condições favoráveis ao desenvolvimento infantil. Logo, independentemente do nível de renda, a vivência em ambientes empobrecidos de diálogo e incentivo à aquisição de autonomia afetam diretamente à qualidade de vida do ser humano.
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