O período da infância é permeado por um novo universo a ser descoberto e explorado. Neste momento de suas vidas, as crianças vivenciam experiências e transformações intensas, que antes eram desconhecidas. Existem inúmeras situações novas, que exigem muito dos pequenos, como por exemplo, circunstâncias externas, alterações corporais, hormonais e mentais. A lista de tarefas e obrigações também é grande e, por vezes, pode ser insuportável para as crianças corresponderem a tantas expectativas. 

Diferentemente do adulto, a criança dificilmente consegue expressar seus sentimentos, pensamentos ou frustrações por palavras e é nesse contexto que se apresenta a psicoterapia infantil. O objetivo é melhorar a qualidade de vida da criança e proporcionar um desenvolvimento saudável. De modo geral, também se busca prevenir problemas ou reduzir possíveis dificuldades já apresentadas. Sendo assim, a psicoterapia pode ocorrer de forma individual ou com um grupo de crianças e, também, pode ser destinada aos pais e/ou responsáveis, que precisem de uma orientação sobre como agir e lidar com situações que envolvem a criança. É importante destacar que para as crianças, brincar, construir, desenhar e comunicar são formas valiosas de compartilhar e expressar sentimentos e de resolver problemas.

As crianças, geralmente, usam métodos diferentes de comunicação e para manifestar suas angústias, do que em relação aos adultos. Assim, alguns sinais que devem ser observados com atenção e podem revelar que ela precisa de ajuda, podem ser percebidos quando mostra, por exemplo, falta de concentração, dificuldades de aprendizado ou de interação social, comportamento agressivo, distúrbios físicos, compulsão por comida, timidez em excesso, ou quando adoece com frequência.

Em vista disso, para compreender e identificar os problemas infantis, o psicólogo clínico lança mão de alternativas lúdicas e baseadas na idade, que permitem conhecer em profundidade o funcionamento e vários aspectos da vida da criança. Assim, a psicoterapia infantil pode ajudar em questões específicas, como na mudança de comportamento, melhora das relações e do desempenho escolar ou, ainda, auxiliar em problemas gerais, como diminuir a ansiedade e melhorar a autoestima, etc.

A duração de um tratamento infantil depende da complexidade e da gravidade dos problemas apresentados pela criança. Desse modo, a participação dos pais nesse processo é fundamental. Estes devem atuar como coparticipantes, facilitando o desenvolvimento da psicoterapia e promovendo a autonomia adequada da criança. A parceria que se estabelece entre o psicólogo e a família torna-se essencial para o sucesso do tratamento. Esse contato com os pais ou responsáveis, possibilita que se apropriem do processo terapêutico de seus filhos, acompanhem o progresso e deem ao psicólogo, feedbacks que subsidiarão suas intervenções.

Para ver mais textos como este e/ou acompanhar outras informações, acesse minha fan page: https://www.facebook.com/psicologamaiaracastrodefreitas/.