As árvores existentes à beira da BR 287: Uma questão ambiental ou de segurança viária? Postado domingo, 22 de outubro de 2017 ás 08:07
Na última quinta-feira, 19, a maioria das árvores existentes no trecho entre Santiago e Jaguari da BR 287, caíram devido vendaval que atingiu a região. O trânsito ficou bloqueado o dia todo e só foi liberado graças a união de forças da PRF, Exército, equipes das prefeituras da região, moradores do interior, usuários da rodovia e empresas privadas.
AS ÁRVORES EXISTENTES À BEIRA DA BR 287: UMA QUESTÃO AMBIENTAL OU DE SEGURANÇA VIÁRIA?
Um túnel de árvores existente em qualquer via pública pode exibir uma beleza exuberante e deixar transparecer que ali o ambiente está, de certa forma, protegido. Em contrapartida, transmite aos olhos de alguns observadores mais atentos pontos negativos de sua permanência em alguns locais específicos das vias de trânsito. Sendo assim, a presença de árvores em alguns locais, como por exemplo em faixas de domínio de rodovias, tem que ser vista de forma ampla sob dois aspectos: a questão ambiental e a de segurança viária.
No que tange à BR 287, no trecho compreendido entre Santiago e Jaguari, já houve algumas discussões sobre a permanência ou não das árvores em sua área de domínio. Nisto, tanto a PRF quanto o DNIT tem seu ponto de vista convergente. Porém, independente da opinião pessoal e do pensamento dos órgãos controladores, entende-se que esta é uma discussão que a sociedade como um todo pode, e deve abordar obrigatoriamente, com o intuito de provocar debates para que se chegue a uma solução mais ágil, atendendo à segurança necessária e minimizando danos ao meio ambiente. Hoje, esta discussão está colocada no âmbito judicial, que exibe problemáticas ambientais que têm apresentado entraves e reflexos na segurança viária.
A luta pela permanência de árvores em áreas próximas às rodovias tende a transmitir a ideia de uma ilusória proteção ambiental na medida em que tenta-se proteger de forma mais severa aquilo que está mais susceptível à fiscalização ou mais aparente aos olhos da sociedade.
Há diversas alternativas para resolver tanto os problemas ambientais, quanto ao da segurança, como por exemplo, a substituição das robustas árvores por arbustos menores que teriam um efeito contrário às arvores hoje existentes, já que poderiam absorver possíveis choques em acidentes automotivos. Outra, já proposto pelo próprio DNIT, seria o corte de parte das árvores existente a certa distância da pista de rolamento, o que também reduziria a probabilidade de choques, mas também, de queda de árvores sobre a rodovia em caso de temporais com ventos fortes. Mas tudo isto são sugestões dentre outras que poderiam surgir ao se trazer à tona esta problemática para as comunidades locais, que devem responder ao seguinte questionamento: Como proteger o meio ambiente e ao mesmo tempo a vida e o direito de ir e vir das pessoas que pela BR 287 circulam?
LUIZ ANDRE PEREIRA COSTA
Policial - 12ª Delegacia PRF São Borja
Me Eng. Produção.
Fotos: Fábio Pinto/Jaguari.
A questão ambiental deveria ser vista com o olhar da situação que estão defendendo uma invasora!
Penso que para ser uma questão ambiental deveríamos estar falando de vegetação nativa e não de pinus e de eucalipto.
Só um comentário , vocês imaginam se a tormenta tivesse acontecido num horário de pico na Br 287
Que tragédia seria árvores caindo em cima de carros e caminhões
Seria um horror
Só pra refletir
Mais uma vez valores inversos, uma árvore tendo mais valor do q a vida.
Raciocinamos Se com o forte vendaval que ocorreu na cidade de Santiago tivesse ocorrido acidentes graves com as pessoas que precisassem ser removidas urgentemente para outra cidade e se deparasse com a rodovia toda bloqueado por Pinus e Eucaliptos obstruindo a passagem da ambulância aí você me responde Você é a favor ou contra a derrubada das Árvores a beira da BR.