Cutting/Automutilação na Adolescência, artigo da psicóloga Maiara Castro de Freitas! Postado segunda-feira, 2 de outubro de 2017 ás 10:20
Psicóloga Maiara Castro de Freitas CRP 07/24076 |
CUTTING/AUTOMUTILAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA
A adolescência é um período do desenvolvimento marcado pela transição entre a infância e a idade adulta. Há uma série de mudanças envolvidas, que englobam aspectos físicos, psicológicos e sociais. Desse modo, comportamentos de risco nessa etapa da vida, podem revelar dificuldades do jovem para lidar com as suas emoções e pensamentos. Pode existir, também, uma desorganização interna que ao ser ignorada venha a evoluir, e se manifestar dentro de um quadro patológico, em diferentes intensidades. Tal situação não deve ser negligenciada.
Logo, deve-se prestar atenção a um fenômeno recorrente e comum atualmente entre vários jovens, que tem sido denominado como "CUTTING". Esse termo, em inglês, indica literalmente o ato de cortar. Traduzido para o português, para muitos autores, tem o significado de AUTOMUTILAÇÃO. Apesar de ocorrer na forma mais frequente de pequenos cortes pelo corpo, a automutilação constitui-se em qualquer autolesão (por ex., morder-se, queimar-se ou bater-se) e caracteriza-se como um distúrbio emocional, que necessita de atenção e cuidado.
A literatura apresenta este comportamento consciente do jovem, como a incapacidade para lidar com seus próprios sentimentos, e uma tentativa para suportar as emoções negativas, tais como: frustração, desvalorização, rejeição e tristeza. Começa, em muitos casos, como uma forma de "escape", na busca de alívio da angústia ou tensão. Ao sentir dor física, nosso cérebro libera neurotransmissores que "socorrem a dor" (endorfinas). Essa substância, em excesso, pode causar dependência.
Frente a isso, é importante que se tenha o entendimento de que, na grande maioria dos casos, o cutting é utilizado como uma forma de remediar um sofrimento psicológico. A dor transferida ao corpo faz parte de uma tentativa de aliviar o sofrimento psíquico. Portanto, é essencial que se preste atenção aos sinais apresentados e que se busque ajuda profissional (sessões de psicoterapia com um psicólogo, por ex.), para prevenção do agravamento dos sintomas. O adolescente, mais do que qualquer outra coisa, precisa ser amparado, apoiado e ter a sua angústia reconhecida, pois grande parte do que está sentindo, ocorre em função de uma desorganização psíquica que está vivenciando nessa etapa de seu ciclo vital.
Quem pratica cutting está pedindo ajuda!
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