O Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) vem a público, mais uma vez, afirmar seu compromisso com a assistência à saúde dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e esclarecer fatos inverídicos publicizados nas redes sociais, envolvendo o atendimento no Pronto-Socorro dessa instituição.

Não é novidade para a comunidade regional a superlotação pela qual passa, há anos, o Pronto-Socorro do HUSM – único PS pelo SUS na região central do Estado. Inúmeras vezes foi necessário o fechamento temporário para que possamos atender com o mínimo de dignidade os pacientes aqui internados. No último final de semana, mais uma vez a situação se repetiu. Tivemos que comunicar o fechamento no sábado, no domingo e devemos confirma-lo mais uma vez no dia de hoje, quando temos internados 75 pacientes para uma capacidade de 42 leitos.

Por essa razão, o paciente Marcelo Carpes e outros 32 idosos estão internados no corredor do pronto-socorro. O que não caracteriza negligência e sim falta de espaço físico para acomodá-los de melhor forma.

Ao contrário do que foi informado pela Secretária de Saúde de Unistalda – município de origem do paciente – o Núcleo Interno de Regulação (NIR) do HUSM não havia dado aceite para internação do Sr. Carpes. O hospital havia informado que não dispunha da prótese necessária para cirurgia vascular do paciente, pois está com licitação aberta para a aquisição do material. Mesmo assim, na noite da última quinta-feira, 7 de junho, a ambulância do município chegou ao hospital. Diante da gravidade do caso, e do risco de novo transporte para o paciente, o HUSM o acolheu.

Assim que o paciente internou, a equipe providenciou a inclusão do Sr. Carpes no Gerint – sistema de gerenciamento de internações no Estado – para que o mesmo possa ser encaminhando para um hospital onde a cirurgia possa ser realizada. Enquanto isso, todo atendimento clínico está sendo garantido. Três médicos vasculares acompanham o caso.

Contudo, há uma ordem judicial da Comarca de Santiago que determina que o município de Unistalda e o Estado do Rio Grande do Sul arquem, em hospital público ou privado, com as despesas necessárias para a realização da cirurgia do paciente num prazo de 48 horas, a contar de sexta-feira, dia 8.

Por sua vez, o HUSM se colocou à disposição para realizar a cirurgia desde que o município e/ou o Estado providenciem a prótese necessária para o procedimento.

Mariangela Recchia Correa

Unidade de Comunicação do Hospital Universitário de Santa Maria