Artigo da psicóloga Maiara Castro de Freitas: Distração ou Déficit de Atenção, qual a diferença? Postado quinta-feira, 12 de julho de 2018 ás 22:30
DISTRAÇÃO OU DÉFICIT DE ATENÇÃO
QUAL A DIFERENÇA?
Existe um limite entre o que pode ser considerada distração ou desatenção e do que está relacionado ao déficit de atenção (TDAH). Muitas pessoas confundem o TDAH com uma simples distração natural. Este problema NÃO está sempre associado à hiperatividade. Pode ser dividido em três tipos, sendo eles: 1) predominantemente desatento, 2) predominantemente hiperativo-impulsivo ou 3) combinado (que mistura os dois).
A distração comum é passageira, tem um início e um fim. Costuma findar quando o estímulo que a causa cessa. Um dos principais sintomas do TDAH pode ser identificado quando a falta de atenção começa a prejudicar ou atrapalhar o dia a dia. Por exemplo, quando uma pessoa não consegue se concentrar de forma alguma em uma tarefa ou atividade que exige atenção.
A distração comum é passageira, tem um início e um fim. Costuma findar quando o estímulo que a causa cessa. Um dos principais sintomas do TDAH pode ser identificado quando a falta de atenção começa a prejudicar ou atrapalhar o dia a dia. Por exemplo, quando uma pessoa não consegue se concentrar de forma alguma em uma tarefa ou atividade que exige atenção.
Existem alguns critérios que precisam ser ponderados para o diagnóstico. Se tratando do caso do TDAH do tipo desatento, o adulto ou a criança precisam apresentar, no mínimo, seis características marcantes de falta de atenção (como dificuldade de concentração em sala de aula ou palestra, problemas de memória de curto prazo e facilidade para desviar a atenção de uma tarefa). Caso haja desconfiança em relação a esse diagnóstico, procure um psicólogo ou neurologista/neuropediatra para realizar uma avaliação.
Geralmente, o déficit de atenção surge na infância, sendo que dois terços dessas crianças costumam levar o problema para a vida adulta. Logo, crianças merecem atenção. Quanto mais cedo o problema for descoberto, melhor. Os sintomas nas crianças são diferentes do que nos adultos. Por exemplo, a desatenção faz com que a criança passe a não entender todo o conteúdo das aulas e consequentemente perca o interesse pelos estudos ou até pela escola. Normalmente, cometem muitos erros por falta de atenção e não entendem direito o que é falado.
É muito comum que os pais e professores percebam o TDAH devido à hiperatividade. Assim, uma criança que apresente o tipo desatento pode não ser diagnosticada, pois pode conseguir executar suas atividades e tarefas, mas precisará de mais energia para isso. A distração pode ser causada por diversos fatores e nem sempre terá uma razão. O que a motiva é uma questão neurológica. Há uma desregulação na operação das regiões pré-frontal, fronto-estriatal, límbica e cerebelar. Essas áreas cerebrais são responsáveis pela atenção e pelos impulsos.
Investiga-se ainda o que pode motivar o aparecimento desse problema. Existem algumas evidências que mostram que o TDAH pode ser genético. Pessoas com déficit de atenção normalmente tem o cotidiano afetado pelo problema. Logo, o acompanhamento/tratamento desse transtorno precisa ser multidisciplinar. Os psicoestimulantes (medicação) são bastante eficazes para os sintomas de hiperatividade e impulsividade (em média, 70 a 80%) e em torno de 50% de eficácia a desatenção, tanto em crianças como em adultos. Também, a psicoterapia, aliada a um neurofeedback costumam ajudar bastante.
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