Coletivo Sobre Elas apoia manifestação em São Vicente do Sul Postado terça-feira, 14 de maio de 2019 ás 20:38
“Querem moderar o movimento revolucionário. Mas será possível controlar uma tempestade? Pois bem! A Revolução é uma. Não podemos, não devemos interromper seus avanços.” (Collot D’ Herbois).
É com essa inspiração que o Coletivo Sobre Elas vem convidar toda à população para participar dos movimentos de paralisação que acontecerão por todo o país, nesta quarta-feira, 15 de maio de 2019, e também na cidade de São Vicente do Sul, em frente ao IFF.
Acreditamos que aderir à greve é de suma importância, pois direitos e investimentos públicos estão sendo sonegados, e, no nosso entendimento - que se filia ao dos sindicatos e centrais trabalhistas - tais reformas não condizem com a real necessidade da população e muito menos são caminho para o progresso do país.
Nós, mulheres santiaguenses, estamos ao lado das professoras, das estudantes e das trabalhadoras da área da educação contra o ataque do governo à educação brasileira. O corte das verbas vai prejudicar a educação como um todo impedindo a produção de conhecimento e a pesquisa científica. O que é pior é que isso está sendo feito em evidente ato de chantagem para que a reforma da previdência seja aprovada.
A educação não é inimiga do povo. Ela é uma aliada. É o único bem que ninguém pode nos retirar.
Moramos num país onde, segundo o IBGE, a taxa de analfabetismo chega a 7% da população, ou seja, 11,5 milhões de pessoas não sabem ler e escrever. Essa incidência chega a ser quase três vezes maior na faixa da população de 60 anos ou mais de idade, 19,3%, e mais que o dobro entre pretos e pardos (9,3%) em relação aos brancos (4,0%).
Temos consciência da importância da educação na formação da pessoa como um ser pensante e questionador. É através dela que alcançamos nosso desenvolvimento intelectual, econômico e social. É um direito de todos, garantido pela Constituição Federal de 1988 e elencada como um dos direitos sociais do indivíduo.
Temos consciência também de que as mulheres não merecem trabalhar até seus últimos dias sem chance de se aposentarem com dignidade.
As trabalhadoras merecem ter garantida sua aposentadoria e não podem ser obrigada a trabalhar até a morte enquanto pequena parcela da sociedade usufrui de benefícios. As professoras serão muito prejudicadas com reforma, mesmo trabalhando durante 30 anos, elas vão receber apenas 80% do salário-benefício. Para receber o valor integral do benefício (100%), elas teriam de contribuir por 40 anos, de acordo com a proposta da reforma da previdência.
Além disso, as mulheres em geral terão de trabalhar pelo menos mais 10 anos para alcançar a idade mínima de 60 anos para requerer a aposentadoria.
Não podemos admitir isso. Não podemos aceitar isso caladas. Vamos à luta! Vamos pras ruas!
Coletivo Sobre Elas
Santiago - RS.
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