Coluna de Marianita Ortaça: Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade - DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Postado terça-feira, 31 de janeiro de 2017 ás 23:49
TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Na atualidade certas doenças e psicopatologias parecem ter virado moda. As pessoas percebem que uma pessoa está triste e já sabem o diagnóstico – Depressão!
Ou quando uma criança é "espoleta", "meio agitada", não existe dúvida: é hiperatividade!
Não raro as pessoas confundem falta de limite com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.
Acontece que não é tão simples assim. Embora as estatísticas comprovem um grande índice de depressão e que reconheça também parte da população infantil com hiperatividade e déficit de atenção, o diagnóstico envolve muito mais coisas. São analisados uma série de sintomas e não apenas um que caracterize tal transtorno. Há um envolvimento multiprofissional, sendo necessárias geralmente avaliações de médico psiquiatra e psicólogo.
As características clínicas do TDAH surgem precocemente, ou seja, em bebês já podemos muitas vezes detectar sintomas que nos levam a crer que aquela criança poderá ter esse diagnóstico mais tarde. Bebês com o transtorno são muito mais sensíveis a estímulos e incomodados por ruído, luz, temperatura e outras alterações ambientais. O mais comum é que sejam ativas no berço, durmam pouco e chorem muito. Mais tarde, no período escolar essas crianças prosseguirão demonstrando sentimentos, tendo comportamentos e atitudes distintas de outras da mesma idade e sem o transtorno, como, por exemplo, podem fazer uma prova muito rápido, mas responder apenas uma ou duas perguntas. Podem não esperar a sua vez na chamada e responder antes de todos. Podem se mostrar mais explosivas e irritáveis. Podem demonstrar labilidade emocional e ir do riso ao choro com facilidade. Caracterizam-se também por impulsividade e incapacidade de adiar gratificações (Sadock, 2011, p 94)
Ao contrário do que muitos pensam esse transtorno não é exclusivamente infantil, há também adultos com TDAH, pois ele acompanha o individuo frequentemente por toda a vida. É muito importante que o TDAH seja diagnosticado cedo, pois a partir disso é possível realizar intervenções que serão cruciais para o desenvolvimento da criança. Caso contrário, ela irá enfrentar o “desconhecido” de forma bem mais difícil até descobrir na vida adulta.
O tratamento para crianças e adultos é semelhante, sempre visando os ajustes necessários para que o indivíduo consiga conviver melhor com o TDAH e, viver de forma consciente, buscando sempre melhora na qualidade de vida.
Saiba mais no site oficial http://tdah.org.br.
*Marianita Ortaça é psicóloga, cantora e instrumentista. Tem consultório e reside em São Luiz Gonzaga, na região missioneira. É filha de Pedro e Rose Ortaça. Irmã de Alberto e Gabriel. Realiza palestras em todo o Estado, especialmente sobre temas relacionados a psicologia.
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