Burnout: Síndrome da Exaustão Emocional, artigo da psicóloga Maiara Castro de Freitas Postado terça-feira, 24 de julho de 2018 ás 18:05
Burnout: Síndrome da Exaustão Emocional
A exaustão emocional é caracterizada como um estado atingido pela sobrecarga de esforço, o qual não diz respeito somente aos excessos de trabalho. Também podem ser considerados os excessos em assumir conflitos, responsabilidades ou estímulos emocionais e cognitivos. Trata-se de um processo que ocorre lentamente e que gera um colapso na vida da pessoa. Geralmente é sentida como cansaço mental e está acompanhada de uma grande fadiga física.
Quando esse nível devastador de estresse atinge o trabalho e a pessoa se rende a exaustão, temos uma possível “Síndrome de Burnout” se instalando – um transtorno de difícil diagnóstico, que vem atingindo cada vez mais pessoas ao redor do mundo. O conceito de exaustão emocional (“burnout”) foi descrito por Herbert Freudenberger em 1974, e segundo ele define-se como “um estado de fadiga ou de frustração motivado pela consagração a uma causa, a um modo de vida ou a uma relação que não correspondeu às expectativas”.
Essa síndrome é composta por três fases que evoluem de forma progressiva:
1. ESGOTAMENTO EMOCIONAL: A exaustão emocional é simultaneamente física e psíquica. Interiormente, é sentida como um grande cansaço no trabalho, acompanhado de uma sensação de vazio e pela dificuldade em lidar com as emoções do outro. Não apresenta melhoras significativas com o repouso. Pode originar explosões emocionais como crises de fúria, e/ou, por outro lado, déficit de concentração, marcados por esquecimentos relativos a pedidos.
2. DESUMANIZAÇÃO DA RELAÇÃO COM O OUTRO: Surge como consequência da exaustão emocional. A pessoa, ao sentir que as emoções a excedem coloca-as de parte. O uso do humor irônico e negro torna-se muito frequente no seu discurso.
3. SENTIMENTO DE INSUCESSO PROFISSIONAL: Pode sentir que já não é eficaz, que já não faz um bom trabalho e sentir-se frustrado por não dar o mesmo significado à profissão que dava quando começou a carreira. A partir do sentimento de já não estar à altura, começa a duvidar de si e das suas capacidades. Surge, consequentemente, a autodesvalorização, a culpabilidade e a desmotivação. Por conseguinte, surge o absentismo, justificado ou injustificado, a fuga ao trabalho, o projeto de mudar de profissão.
Cabe salientar que, quando o diagnóstico chega, as pessoas, geralmente, já se encontram no auge da crise. Portanto, ao primeiro sinal de que algo está errado, busque ajuda psicológica, médica, ou psiquiátrica, para uma avaliação. Se não cuidado, o transtorno pode causar úlceras, cardiopatias, diabetes, doenças autoimunes, crises de pânico e depressão ou levar ao alcoolismo, ao uso de drogas e até mesmo suicídio.
Por meio de uma avaliação, o profissional irá analisar o histórico do paciente, sua relação com o trabalho e os sintomas percebidos. Comprovado o transtorno, dá-se início ao tratamento. A psicoterapia aliada à reeducação em relação à forma de trabalhar tem se mostrado a melhor forma de tratamento. Os medicamentos podem ser úteis para aliviar os sintomas, caso necessário. Ansiolíticos ou antidepressivos só devem ser usados com prescrição médica.
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