Drª Sônia Nicola comenta a situação da gripe A em Santiago Postado domingo, 23 de agosto de 2009 ás 13:46
A pedido do blog, a carismática e competente Drª Sônia Nicola, Diretora Técnica do Hospital de Caridade de Santiago, respondeu a algumas perguntas sobre a situação da Gripe A em nosso município. Confira: 1. No momento, como estão os casos de Gripe A em Santiago?
Hoje, estamos com somente uma criança de 6 meses em isolamento. Durante a semana tivemos mais 3 pacientes, inclusive uma grávida de 16 anos no sexto mês de gravidez que foi medicada e evoluiu bem.
2. Pela sua experiência, a gripe A realmente está dando uma trégua como vem sendo divulgado pelo Governo do Estado?
Houve uma diminuição na procura de consultas no PS, mas não será surpresa um novo pico da mesma já que o vírus está entre nós e veio para ficar. Mesmo no verão ela irá continuar contaminando.
3. Em diversas cidades do Sul do Estado a Justiça suspendeu as aulas, ignorando o Governo que pediu que elas retornassem. No seu ponto de vista, as aulas deveriam ter reiniciado na última segunda-feira?
Como médica fui contra o retorno as aulas, gostaria que elas só tivessem iniciado no mês de setembro inclusive dando tempo para as escolas estarem melhor preparadas e, não houvessem alunos ausentes.
4. As pessoas que chegam ao HCS demonstram estar seguindo às recomendações de prevenção?
Infelizmente Rafael parece que as pessoas não acreditam na gravidade deste vírus e estão esquecendo muito rápido as normas de prevenção. Temo o próximo inverno que ela volte com tudo já que não teremos vacina para toda a população.
5. No seu entendimento, de que forma Santiago se comportou mediante à essa epidemia que se alastrou pelo mundo todo?
Para nosso pesar tivemos óbitos e isto nos frusta bastante porque foram pessoas jovens. As informações epidemiológicas partem da Secretaria de Saúde do Estado e no início da epidemia não foi repassado a importância da mesma e inclusive as medicações demoraram um pouco para chegar até nós.
6. Penso que o surgimento da Gripe A em Santiago acabou fortalecendo ainda mais o nosso hospital, estou certo disso?
Rafael, esta situação nos mostrou que temos o poder de resolver os problemas mesmo não tendo uma CTI. Mas ela é extremamente necessária visto que os óbitos que tivemos ocorreram em outros municípios dentro de CTI, devido a necessidade de transferrência destas pessoas pela falta de condição tecnica de continuidade do tratamento.
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