Zero Hora aborda a nova eleição em Unistalda. Surge mais polêmica! Postado sábado, 19 de setembro de 2009 ás 19:44
VOLTA ÀS URNAS
Unistalda em clima eleitoral
Um ano depois de terem votado e escolhido o prefeito e o vice, os 2.634 eleitores de Unistalda terão de voltar às urnas novamente até o dia 25 de outubro.O novo pleito preocupa a pequena cidade, pois a troca de governantes poderá causar atraso aos projetos que estavam sendo desenvolvidos no município.
Desde quarta-feira, a cidade é comandada pelo presidente da Câmara de Vereadores, Pedro Joaquim Souza da Silveira (PP), por uma determinação judicial, até a eleição.
O prefeito e o vice eleitos em outubro do ano passado foram cassados por suposto caixa 2 na campanha eleitoral. Moizés Gonçalves (PP) e José Gilnei Manzoni (PP) entregaram o cargo na terça-feira.
Apesar de não ser mais o chefe do Executivo, Gonçalves estava na prefeitura quinta-feira. Ele foi lá passar para o prefeito em exercício os projetos que estavam em andamento e que não devem parar, além de informações sobre as finanças. Atualmente, as prefeituras têm enfrentado uma crise, em virtude da queda dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), do governo federal.
Silveira já sabe qual será seu primeiro ato como prefeito. Nos próximos dias, ele baixará um decreto com mais medidas de contenção de gastos como corte de diárias e o vale-refeição dos cargos de confiança. Antes de ser cassado, Gonçalves já tinha reduzido as horas extras.
– O Moizés me colocou a par da situação. Ele não vai ter participação nesses dias que eu estiver aqui (na prefeitura). Só que com certeza, eu preciso ouvir ele para dar continuidade ao que estava sendo feito. Temos vários projetos em andamento que vamos dar seguimento – afirma Silveira.
A continuidade de projetos como pavimentação de ruas, construção de casas populares na zona rural e compra de máquinas para a patrulha agrícola são os que mais preocupam a população. O agricultor Valdeni Rodrigues da Silva, 42 anos, teme que com a chegada de uma nova administração, os projetos em andamento acabem parando.
– Vai atrasar bastante coisa. É muito ruim uma nova eleição. Eu analiso pelos projetos que vai ter de parar tudo e começar do zero – avalia Silva.
Primeiro prefeito cassado por suposto uso de caixa 2 no Estado, Moizés Gonçalves diz que já recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar reverter a cassação.
A eleição será necessária no município porque Gonçalves recebeu mais de 50% dos votos em outubro de 2008. Se o TSE reverter a decisão em favor de Moizés, ele retoma o cargo e o prefeito eleito terá de deixar o cargo.
Postar um comentário