Quero agradecer aos amigos de Santiago, da blogosfera, da imprensa e demais leitores do blog. Minha caixa de e-mail está abarrotada e recebi várias ligações depois que passei a abordar os comentários do cantor Nei Lisboa sobre a música gaúcha. Ele, num momento de extrema tristeza, na minha opinião, chamou a música gaúcha de "intragável"... O debate iniciou graças ao jornalista Giovani Grizzoti, no seu blog Roda de Chimarrão. Agora, músicos, patrões de CTG, tradicionalistas estão esquentendo a polêmica.

Eu, apesar de jovem, sou admirador da música do Rio Grande do Sul. Tenho ídolos, Teixeirinha, José Mendes, Irmãos Bertussi, Os Monarcas, Os Serranos e tantos outros. Claro, nos dias de hoje muita porcaria é gravada, sujando a imagem da boa música, mas em contrapartida, tem tantas composições, milhares mesmo, que enaltecem a história, a cultura, as tradições da nossa querência e de nosso povo. Pra mim, é inaceitável que um gaúcho critique a nossa música!

Em homenagem aos leitores do blog, que como eu, são apaixonados pelas letras nativistas ou campeiras que falam do dia-a-dia no Rio Grande do Sul, eis a letra do maior hino dos gaúchos - Querência Amada, do saudoso Teixeirinha:

Quem quiser saber quem sou
Olha para o céu azul
E grita junto comigo
Viva o Rio Grande do Sul
O lenço me identifica
Qual a minha procedência
Na província de São Pedro
Padroeiro da querência

Oh, meu Rio Grande
De encantos mil
Disposto a tudo
Pelo Brasil
Querência amada dos parreirais
Da uva vem o vinho
Do povo vem o carinho
Bondade nunca é demais

Berço de Flores da Cunha
E de Borges de Medeiros
Terra de Getúlio Vargas
Presidente brasileiro
Eu sou da mesma vertente
Que Deus saúde me mande
Que eu possa ver muitos anos
O céu azul do Rio Grande

Te quero tanto
Torrão gaúcho
Morrer por ti me dou o luxo
Querência amada
Planície e serra
Dos braços que me puxa
Da linda mulher gaúcha
Beleza da minha terra

Meu coração é pequeno
Porque Deus me fez assim
O Rio Grande é bem maior
Mas cabe dentro de mim
Sou da geração mais nova
Poeta bem macho e guapo
Nas minhas veias escorre
O sangue herói de farrapo