Em apenas uma semana, na mesma estrada, em um percurso de aproxidamente 60 quilômetros, onde o fator “acaso” esteve presente, o saldo de dois acidentes é assustador; três pessoas mortas e quatro feridas, sendo duas em estado grave.

No sábado passado, na BR 287, uma famíia de São Borja se envolveu em um acidente próximo a São Vicente. O automóvel em que viajavam e um caminhão bateram, provocando danos materiais e o pior, duas pessoas feridas e uma menina de apenas 10 anos perde a vida. Ontem à tarde na mesma 287, casualmente outra família de São Borja, em um acidente gravíssimo têm parte dela aniquilada. Viajavam pai, mãe e um casal de filhos.

Em frente ao Parque de Exposições, segundo testemunhas, o carro em que viajava a famíila Perdomo teve a preferencial cortada por outro veiculo que tentava ingressar no parque. Do acidente resultaram nas mortes de mãe e filha, com 34 e 15 anos respectivamente. O pai de 37 e o menino de 13 anos foram transferidos ontem para Hospital de Santa Maria com várias fraturas.

O que mais choca a todos é que na maioria dos acidentes, a imprudência, a velocidade às vezes excessiva e o desrespeito à sinalização são fatores determinantes para tal.

Várias campanhas de conscientização no trânsito são realizadas, mas a cada dia, a cada fim de semana os resultados são assustadores, são famílias dizimadas, são jovens que tem sua trajetória interrompida pela violência do trânsito urbano ou em rodovias que servem como um corredor para a morte.

De nada adiantar às campanhas e as mais diversas ações por parte do governo e autoridades policiais, se não houver a participação permanente da sociedade. Ora, se existem regulamentos que determinam procedimentos de bem dirigir, porque não cumpri-los?

Fatos como os ocorridos na nossa região chocam e produzem um sentimento de vazio, mesmo naqueles que se quer conheciam as vítimas, a dor se estende a toda a sociedade, independente de quem quer que sejam. É um quadro assustador.

Pesquisadores afirmam que a violência no trânsito não deixa de ser uma forma de extermínio, afinal a cada semana morrem dezenas e dezenas pelas ruas e estradas. O homem é o principal protagonista dessa triste história e cabe a ele, a responsabilidade da mudança de comportamento, caso o contrário continuaremos a lamentar, nada mais do que isso.