Vara Criminal de Santiago é a primeira do RS a ouvir testemunhas por chamadas de vídeo pelo WhatsApp

Vara Criminal de Santiago é a primeira do RS a ouvir testemunhas por chamadas de vídeo pelo WhatsApp Postado quarta-feira, 22 de agosto de 2018 ás 11:10

Nesta terça-feira, testemunha de um processo prestou depoimento à magistrada pelo aplicativo WhatsApp da cidade de Capão da Canoa.

A Drª Cecília Laranja da Fonseca Bonotto, Juíza da Vara Criminal de Santiago, recebeu a reportagem do Blog Rafael Nemitz em seu gabinete nesta terça-feira, 21, para contar uma novidade inédita no Poder Judiciário do Rio Grande do Sul. Através do aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp, testemunhas de processos que tramitam em Santiago, mas que moram em outras cidades, começaram a dar depoimentos em audiências por chamadas de vídeo pelo aplicativo.

Nos últimos dias, cinco audiências foram realizadas com a nova tecnologia em Santiago, onde basta um telefone celular com acesso a internet na sala de audiências do Fórum e outro aparelho com a mesma tecnologia, no local onde estiver a testemunha, e com sinal de internet Wi-Fi. O trâmite é o mesmo pelo qual a testemunha passaria se estivesse no Fórum, respondendo à perguntas da juíza, da promotora e dos advogados de defesa e acusação.

Nesta terça-feira, uma testemunha de um processo da Comarca de Santiago prestou depoimento da cidade de Capão da Canoa, respondendo todos os questionamentos que lhe foram feitos por meio da chamada de vídeo do WhatsApp.

A inovação, segundo a juíza Cecília Bonotto, ocorre enquanto não é possível adequar todas as comarcas do Estado com equipamentos de alta tecnologia, o que geraria um custo extremamente alto para o Poder Judiciário. A magistrada destaca que implantou o projeto piloto em Santiago, após ser convidada a integrar a Comissão de Inovação do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, em junho deste ano, órgão ligado à Corregedoria do TJ-RS. Mensalmente os membros da comissão, escolhidos por juízes corregedores, reúnem-se em Porto Alegre onde são debatidas alternativas para melhorar o trabalho do Poder Judiciário.

Além da juíza Cecília Laranja da Fonseca Bonotto, a promotora de Justiça Criminal Sílvia Inês Miron Jappe também participou da demonstração da nova tecnologia empregada nas audiências em Santiago.

Fotos: Rafael Nemitz.