Caso Gabriel: Polícia Civil trabalha com hipótese de homicídio doloso! Postado segunda-feira, 22 de agosto de 2022 ás 19:05
Delegados José Soares Bastos e o Regional, Luis Eduardo Sandim Benites, concederam coletiva onde informaram sobre o pedido de prisão preventiva dos policiais militares e as evidências que apontam homicídio doloso do jovem Gabriel Cavalheiro
A Polícia Civil de São Gabriel concedeu uma coletiva à imprensa nesta segunda-feira (22) para anunciar que pediu a prisão preventiva dos três policiais investigados pela morte do jovem Gabriel Marques Cavalheiro, 18 anos, encontrado sem vida em um açude no Lavapé, depois de uma semana do seu desaparecimento após abordagem policial no Bairro Independência. O pedido será feito até o final do dia à Justiça de São Gabriel. Além disso, há elementos que apontam que o jovem teria sido vítima de homicídio doloso (quando há intenção de matar).
Segundo
o Delegado Regional Luis Eduardo Sandim Benites e o Delegado da Polícia
Civil de São Gabriel, José Soares Bastos, o pedido foi fundamentado por
vários elementos que sustentam que Gabriel foi agredido no local da
abordagem e que ao ser levado para viatura, já estava cambaleante
possivelmente devido à violência empregada pelos PMs, que estão presos
preventivamente em Porto Alegre.
Conforme
Benites, vários elementos como depoimentos e outras informações
indicaram a ocorrência de homicídio doloso contra o jovem. O pedido de
prisão estava por ser encaminhado à Justiça de São Gabriel a qualquer
momento, até o fim da tarde. "Temos um conjunto de indícios que levam a
polícia a concluir por homicídio doloso. Ainda teremos complemento a
partir da análise de perícias e do resultado da necropsia", afirmou o
Delegado Regional. Se concedida, a prisão preventiva permitirá que as
investigações sejam concluídas em até 10 dias. Se negado, não há prazo.
O
delegado Bastos, titular da investigação, citou ter elementos para
enquadrar os PMs por homicídio duplamente qualificado. Os PMs estão
presos desde a noite de sexta (19), por determinação da Justiça Militar.
Eles sustentaram no depoimento prestado à Brigada, de que o jovem foi
levado até o Lavapé a pedido dele. Só que isso não está registrado na
ocorrência da abordagem, que inclusive, segundo a Justiça Militar, há
evidências de adulteração. Eles disseram que haviam liberado o jovem no
próprio local da ocorrência, na Rua 7 de Setembro, no Bairro
Independência.
Confira a transmissão da entrevista coletiva concedida nesta tarde:
Com reportagem, foto e live do site Caderno 7 do jornalista Marcelo Ribeiro.
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