Neste sábado, 18, o Grupo Hospitalar Santiago (GHS) promoveu evento em homenagem à imprensa pela dedicação em levar informações diárias e essenciais à comunidade no ápice da pandemia de Covid-19. 

Em meados do final de 2019, Wuhan, na China, apresentava os primeiros casos do que parecia ser uma gripe comum. Os próximos meses, de 2020, transformaram o mundo em um local de isolamento com a confirmação da pandemia de Coronavírus, até hoje sem explicações concretas de como começou. Nesta semana, a CNN Brasil divulgou que o vírus poderia estar ligado a cães-guaxinis vendidos no mercado de Wuhan. Há outras teses que o vírus vazou de um laboratório. Talvez nunca saberemos.

O que sabemos é que perdemos milhares de pessoas para um vírus invisível com um poder de letalidade nunca vista na sociedade moderna e que uniu todas as instituições numa luta incansável, mas exaustiva, contra a doença.

Diferentes dos integrantes da Liga da Justiça e dos Vingadores, os heróis da pandemia foram os profissionais da saúde, que, todos os dias arriscaram suas vidas e muitos se contaminaram para salvas as nossas, com seus jalecos brancos e uma verdadeira armadura para evitar o contágio.

Todas as instituições se uniram (prefeituras, exército, órgãos de segurança pública, centro empresarial, governos diversos, e a própria comunidade, para vencer a pandemia.

E aí, entram os homenageados de hoje que, diante de um negacionismo imposto diariamente e de incontáveis fake news, estavam ali, muitas vezes 24h, também correndo risco de contaminação, para levar a informação correta, ao lado das prefeituras, das instituições e do GHS, para à população. Eu mesmo, fui acometido de Covid duas vezes, a segunda contaminação foi dolorosa.

Além disso, em Santiago, foram quase 200 mortes de pessoas que conviviam conosco, vizinhos, colegas de trabalho, empresários, pessoas que faziam parte da história de nossa cidade. E, nos deixaram, sem ao mesmo podermos nos despedir.

Um caso que marcou minha atuação como imprensa foi ter divulgado um áudio de um senhor idoso, internado na CTI do GHS, antes de ser entubado. Sabendo que não sobreviveria a entubação, ele gravou uma mensagem para suas netas despedindo-se e expressando todo o amor que sentia por elas. E assim foi com todos nós, perdemos muitas pessoas que amamos, mas, mesmo assim, tivemos que, como os profissionais de saúde, mantermo-nos firmes para seguir levando à informação a todos.

É por isso que hoje estamos aqui, por iniciativa do Diretor do GHS, Ruderson Mesquita Sobreira, para agradecer cada veículo de comunicação e suas equipes, por todo empenho na mais dolorosa cobertura jornalística das nossas vidas.

Em 2015, o saudoso jornalista Paulo Henrique Amorin, da Record TV, lançou o livro intitulado O QUARTO PODER, ou seja, uma imprensa unida e que trabalha em prol do povo, como todos que aqui estão, realmente faz valer esse título. Somos o Quarto Poder quando o assunto é o bem da nossa população.

Em nome da direção do Grupo Hospitalar Santiago, além de muito obrigado por todo o empenho no ápice da pandemia, votos de que Deus abençoe cada um de vocês, profissionais da informação e seus familiares e, contem sempre, com o GHS.

Por fim, convido a todos para, juntos, agradecermos a vida com a mais poderosa oração de todos os tempos. De mãos dadas e em pé, rezemos:

Pai Nosso que estais nos Céus,
santificado seja o vosso Nome,
venha a nós o vosso Reino,
seja feita a vossa vontade
assim na terra como no Céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje,
perdoai-nos as nossas ofensas
assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido,
e não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos do Mal. 

Texto: Rafael Nemitz.