Acusado de estelionato virtual, humorista Nego Di deixa prisão Postado quarta-feira, 27 de novembro de 2024 ás 23:31
Humorista Nego Di deixa presídio em Canoas após STJ conceder liberdade provisória. Ele ficou mais de 130 dias preso por crimes financeiros contra seus seguidores.
O influenciador Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, deixou a Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan) na noite desta quarta-feira (27). A soltura ocorreu após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) conceder liberdade provisória ao humorista, até o julgamento do mérito do habeas corpus solicitado pela defesa de Nego Di.
O influenciador, ao entrar em um carro preto, tirou a camiseta que usava, virou do avesso e a pendurou na janela do veículo com os dizeres: "Deus é o maior". Ele falou apenas essa frase à imprensa, mantendo-se em silêncio ao deixar a Prisão.
Réu por estelionato e lavagem de dinheiro, Nego Di estava preso preventivamente desde julho. O influenciador e o sócio, Anderson Boneti, são acusados de envolvimento em um suposto esquema de venda de produtos que não teriam sido entregues por uma loja virtual da qual seriam sócios.
O ministro Reynaldo Soares da Fonseca, da 5ª Turma do STJ, determinou uma série de medidas cautelares que deverão ser cumpridas por Nego Di:
- Comparecer periodicamente em juízo para justificar atividades
- Proibição de mudar de endereço sem autorização judicial
- Proibição de se ausentar da comarca sem prévia comunicação
- Proibição de frequentar/usar redes sociais
- Recolhimento do passaporte
A decisão do STJ não estabelece data para apreciação do recurso de habeas corpus no Tribunal de Justiça do RS.
"No caso, os fatos denunciados datam do ano de 2022, a investigação foi concluída, a ação penal está em curso e os supostos crimes não envolveram violência ou grave ameaça. Além disso, o paciente ostenta condições pessoais favoráveis, como primariedade, residência fixa, etc. Conquanto esses aspectos não sejam garantidores de um direito à soltura, devem ser considerados para fins de concessão da liberdade provisória, como no caso em exame", considerou o ministro.
Relembre o caso
Nego Di é réu por crimes de estelionato qualificado pela fraude eletrônica (17 vezes). Segundo o Tribunal de Justiça, o influenciador e o sócio teriam lesado mais de 370 pessoas com vendas pelo site Tadizuera entre 18 de março e 26 de julho de 2022.
A apuração da Polícia Civil indica que a movimentação financeira em contas bancárias ligadas a Dilson na época, passa de R$ 5 milhões. Usuários relataram que compraram produtos como televisores, celulares e eletrodomésticos na página virtual, mas não teriam recebido os itens, nem a devolução dos valores.
A Polícia Civil afirma que Nego Di usaria a própria imagem para aumentar o alcance dos anúncios pela internet – com abrangência nacional, o que fez com que houvesse supostas vítimas até de fora do RS.
Momento em que Nego Di deixa prisão
Vídeo: Porto Alegre 24 horas.
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Com informações do G1 RS.
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