Debate com postulantes ao Piratini é marcado por comparações entre governos Postado sexta-feira, 13 de agosto de 2010 ás 02:01
Comparações entre governos por parte dos três principais candidatos ao Piratini marcaram o debate de estreia na TV.
Diluídos por um formato que colocou lado a lado na bancada favoritos e postulantes com poucas expectativas de vitória, Tarso Genro (PT), José Fogaça (PMDB) e Yeda Crusius (PSDB) aproveitaram as poucas oportunidades em duas horas de encontro para criticar seus adversários na TV Bandeirantes.
Depois de um início frio, o primeiro confronto mais ríspido ficou reservado para o segundo bloco. Por regulamento, as perguntas precisavam ter como tema a saúde. Beneficiado pelo sorteio que determinava que Yeda fizesse uma pergunta a ele, Pedro Ruas (PSOL) aproveitou a resposta para questionar Yeda sobre as suspeitas de corrupção no Detran e na Operação Solidária — que investiga supostas fraudes em licitações.
Na explicação, além de dizer que a Justiça a excluiu do processo do Detran, Yeda atribuiu ao sucesso do site Transparência RS, que torna públicos os gastos do governo do Estado, o que considera o fim das notícias negativas de seu governo nas manchetes dos jornais.
— Eu assumi o passado. Nós pagamos as dívidas do passado e construímos ao mesmo tempo o presente. Espero que não seja pessoal, pois a Justiça já me retirou do que vocês me incluíram no passado — disse Yeda a Ruas.
Mais tarde, o candidato do PSOL fustigaria ainda Fogaça, por não ter sido aberta uma CPI na Câmara da Capital para investigar suspeitas de irregularidades na Secretaria da Saúde, na gestão do ex-prefeito, por pressão de aliados.
O momento mais quente entre Tarso e Fogaça se deu no terceiro bloco. Utilizando como gancho uma manifestação anterior de Yeda e buscando atritá-lo com a tucana, Tarso perguntou ao peemedebista se ele concordava com a governadora quando ela disse ter herdado episódios de corrupção do governo anterior, de Germano Rigotto (PMDB).
Sempre que foi possível, Tarso tentou apontar contradições na candidatura de Fogaça. Chegou a dizer que não sabe se o ex-prefeito é oposição ou situação, aludindo ao fato de o PMDB participar do governo Yeda.
Como resposta, Fogaça destacou que não tem uma proposta "adversarial" como a de Tarso, destacando que pretende "manter o que está bom".
— O nosso projeto é um projeto de mudança responsável, diferente do PT, uma proposta adversarial e contraditória em relação as coisas boas que tem sido feitas e que vamos manter.
Participaram do debate ainda os candidatos Carlos Schneider (PMN), Mont'serrat Martins (PV) e Aroldo Medina (PRP).
Primeiro bloco
No início do debate, os candidatos responderam a perguntas elaboradas pelos jornalistas da Rede Bandeirantes com foco em diferentes temas. Com dois minutos para a resposta, os candidatos protagonizaram um início de confronto morno.
Fogaça foi questionado sobre a crise no sistema prisional, Medina sobre o meio ambiente, Tarso sobre infraestrutura, Schneider sobre educação, Yeda sobre políticas sociais, Ruas sobre investimentos e Montsserat sobre saúde.
Segundo bloco
O debate esquentou no segundo bloco, quando os candidatos fizeram perguntas entre si com relação ao tema saúde.
Ao perguntar ao candidato do PSOL sobre o papel do Programa Saúde da Família (PSF) em um eventual governo, Yeda foi surpreendida com uma resposta que criticava o dinheiro perdido para a corrupção em seu mandato, associando-a com o processo da fraude do Detran.
Segura, a governadora afirmou que seu nome já foi retirado do processo e que a oposição tenta incluí-la em "ações do passado". Ruas contestou a resposta de Yeda e afirmou que existe uma discussão sobre "competência" no julgamento da governadora.
Terceiro bloco
No terceiro bloco, os candidatos escolheram para quem queriam direcionar suas perguntas sobre políticas sociais. Cada um poderia ser escolhido apenas uma vez.
Foi o momento de Tarso e Fogaça protagonizarem outra saia justa: o candidato do PT perguntou ao do PMDB se ele concordava com uma declaração anterior de Yeda, de que os episódios de corrupção teriam sido herdados do governo Germano Rigotto.
Fogaça afirmou que o PMDB governou o Rio Grande do Sul com "integridade e transparência" e que não teria "nada a ver com a corrupção". Tarso insistiu no questionamento ao replicar que Fogaça deveria "explicar à sociedade a alusão feita pela governadora".
Visivelmente irritado, Fogaça reafirmou que o governo Rigotto saiu "ileso" das denúncias de corrupção no Estado e disse que a proposta do PT não visa a preservação das coisas boas feitas nos governos anteriores.
Outro candidato que surpreendeu no terceiro bloco foi Aroldo Medina, que criticou a governadora Yeda Crusius sobre os problemas da Defesa Civil no Estado. A candidata afirmou que seu governo investiu no órgão em 10 regiões, o que possibilitou que o Rio Grande do Sul prestasse ajuda a outros Estados em situações decorrentes de mudanças climáticas.
Yeda classificou o discurso de Medina de "ataque civil" e não de "defesa civil". Medina replicou, e disse que o órgão foi melhorado no governo Rigotto, do qual fazia parte.
No fim do terceiro bloco, Fogaça, assim como Yeda, foi surpreendido por uma resposta de Pedro Ruas. Perguntado sobre ações para o desenvolvimento das regiões do Estado, o candidato do PSOL questionou sobre a CPI que investigaria a corrupção na pasta da saúde em Porto Alegre e teria sido barrada na Câmara de Vereadores.
Fogaça respondeu que a Secretaria da Saúde agiu corretamente, apontando erros desde o início e foi provocado novamente por Ruas, que afirmou que não permitir que a CPI ocorra "não é uma boa medida de governante".
Diluídos por um formato que colocou lado a lado na bancada favoritos e postulantes com poucas expectativas de vitória, Tarso Genro (PT), José Fogaça (PMDB) e Yeda Crusius (PSDB) aproveitaram as poucas oportunidades em duas horas de encontro para criticar seus adversários na TV Bandeirantes.
Depois de um início frio, o primeiro confronto mais ríspido ficou reservado para o segundo bloco. Por regulamento, as perguntas precisavam ter como tema a saúde. Beneficiado pelo sorteio que determinava que Yeda fizesse uma pergunta a ele, Pedro Ruas (PSOL) aproveitou a resposta para questionar Yeda sobre as suspeitas de corrupção no Detran e na Operação Solidária — que investiga supostas fraudes em licitações.
Na explicação, além de dizer que a Justiça a excluiu do processo do Detran, Yeda atribuiu ao sucesso do site Transparência RS, que torna públicos os gastos do governo do Estado, o que considera o fim das notícias negativas de seu governo nas manchetes dos jornais.
— Eu assumi o passado. Nós pagamos as dívidas do passado e construímos ao mesmo tempo o presente. Espero que não seja pessoal, pois a Justiça já me retirou do que vocês me incluíram no passado — disse Yeda a Ruas.
Mais tarde, o candidato do PSOL fustigaria ainda Fogaça, por não ter sido aberta uma CPI na Câmara da Capital para investigar suspeitas de irregularidades na Secretaria da Saúde, na gestão do ex-prefeito, por pressão de aliados.
O momento mais quente entre Tarso e Fogaça se deu no terceiro bloco. Utilizando como gancho uma manifestação anterior de Yeda e buscando atritá-lo com a tucana, Tarso perguntou ao peemedebista se ele concordava com a governadora quando ela disse ter herdado episódios de corrupção do governo anterior, de Germano Rigotto (PMDB).
Sempre que foi possível, Tarso tentou apontar contradições na candidatura de Fogaça. Chegou a dizer que não sabe se o ex-prefeito é oposição ou situação, aludindo ao fato de o PMDB participar do governo Yeda.
Como resposta, Fogaça destacou que não tem uma proposta "adversarial" como a de Tarso, destacando que pretende "manter o que está bom".
— O nosso projeto é um projeto de mudança responsável, diferente do PT, uma proposta adversarial e contraditória em relação as coisas boas que tem sido feitas e que vamos manter.
Participaram do debate ainda os candidatos Carlos Schneider (PMN), Mont'serrat Martins (PV) e Aroldo Medina (PRP).
Primeiro bloco
No início do debate, os candidatos responderam a perguntas elaboradas pelos jornalistas da Rede Bandeirantes com foco em diferentes temas. Com dois minutos para a resposta, os candidatos protagonizaram um início de confronto morno.
Fogaça foi questionado sobre a crise no sistema prisional, Medina sobre o meio ambiente, Tarso sobre infraestrutura, Schneider sobre educação, Yeda sobre políticas sociais, Ruas sobre investimentos e Montsserat sobre saúde.
Segundo bloco
O debate esquentou no segundo bloco, quando os candidatos fizeram perguntas entre si com relação ao tema saúde.
Ao perguntar ao candidato do PSOL sobre o papel do Programa Saúde da Família (PSF) em um eventual governo, Yeda foi surpreendida com uma resposta que criticava o dinheiro perdido para a corrupção em seu mandato, associando-a com o processo da fraude do Detran.
Segura, a governadora afirmou que seu nome já foi retirado do processo e que a oposição tenta incluí-la em "ações do passado". Ruas contestou a resposta de Yeda e afirmou que existe uma discussão sobre "competência" no julgamento da governadora.
Terceiro bloco
No terceiro bloco, os candidatos escolheram para quem queriam direcionar suas perguntas sobre políticas sociais. Cada um poderia ser escolhido apenas uma vez.
Foi o momento de Tarso e Fogaça protagonizarem outra saia justa: o candidato do PT perguntou ao do PMDB se ele concordava com uma declaração anterior de Yeda, de que os episódios de corrupção teriam sido herdados do governo Germano Rigotto.
Fogaça afirmou que o PMDB governou o Rio Grande do Sul com "integridade e transparência" e que não teria "nada a ver com a corrupção". Tarso insistiu no questionamento ao replicar que Fogaça deveria "explicar à sociedade a alusão feita pela governadora".
Visivelmente irritado, Fogaça reafirmou que o governo Rigotto saiu "ileso" das denúncias de corrupção no Estado e disse que a proposta do PT não visa a preservação das coisas boas feitas nos governos anteriores.
Outro candidato que surpreendeu no terceiro bloco foi Aroldo Medina, que criticou a governadora Yeda Crusius sobre os problemas da Defesa Civil no Estado. A candidata afirmou que seu governo investiu no órgão em 10 regiões, o que possibilitou que o Rio Grande do Sul prestasse ajuda a outros Estados em situações decorrentes de mudanças climáticas.
Yeda classificou o discurso de Medina de "ataque civil" e não de "defesa civil". Medina replicou, e disse que o órgão foi melhorado no governo Rigotto, do qual fazia parte.
No fim do terceiro bloco, Fogaça, assim como Yeda, foi surpreendido por uma resposta de Pedro Ruas. Perguntado sobre ações para o desenvolvimento das regiões do Estado, o candidato do PSOL questionou sobre a CPI que investigaria a corrupção na pasta da saúde em Porto Alegre e teria sido barrada na Câmara de Vereadores.
Fogaça respondeu que a Secretaria da Saúde agiu corretamente, apontando erros desde o início e foi provocado novamente por Ruas, que afirmou que não permitir que a CPI ocorra "não é uma boa medida de governante".
Fonte: Zero Hora.com / Foto: Diego Vara.
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