Novos detalhes do caso da mulher morta no teto de carro após ser atropelada Postado segunda-feira, 9 de junho de 2025 ás 19:16
Mulher morta no teto de carro após ser atropelada era argentina e trabalhava em boate de Giruá. Viviana Villalba, 22 anos, foi atingida por automóvel enquanto caminhava nua da cintura para baixo na RS 344.
A mulher que ficou com o corpo pendurado por mais de 30 minutos no teto de um veículo após morrer atropelada trabalhava em uma boate em Giruá, no Noroeste gaúcho. Ela foi identificada como Viviana Villalba, 22 anos, natural da Argentina. O caso ocorreu na madrugada de domingo.
Nascida na localidade de Pueblo Illia, no município de Dos de Mayo, na província de Misiones, a vítima trabalhava há cerca de duas semanas em uma casa noturna, na rua Guarani, no entorno da RS 344, onde o acidente aconteceu. As colegas de serviço relataram aos policiais que, por volta das 3h, ela teria saído a pé do estabelecimento, sem rumo definido.
A jovem caminhava totalmente nua da cintura para baixo, vestia apenas um moletom, conforme mostram imagens de câmeras na região. Os motivos desse comportamento ainda não foram esclarecidos, mas a possibilidade de surto psicótico não é descartada.
Ela foi atingida por um Volkswagen Fox no quilômetro 65 da rodovia, próximo às 3h30min. Os exames de perícia apontam que o impacto provocou morte instantânea.
O automóvel era pilotado por um homem, 21 anos, que retornava de uma festa em Santo Ângelo. Ele alegou em depoimento que pensou ter atropelado um animal, porque o excesso de neblina no trecho dificultava a visibilidade, e que não teria parado ali devido ao medo de ser assaltado em um local inóspito.
Uma passageira que sentava ao lado do condutor teria notado algo similar a uma perna humana no vidro traseiro, mas o veículo circulou por mais três quilômetros. Perto das 4h, já na casa do homem, os dois desembarcaram na garagem e viram o cadáver preso no topo do veículo.
A dupla acionou a Brigada Militar, que esteve no imóvel ao lado do Instituto-Geral de Perícias (IGP). Depois, o motorista se apresentou voluntariamente à Polícia Civil, mas recusou fazer teste do bafômetro. A ocorrência foi registrada como homicídio culposo, ou seja, quando não há intensão de matar.
Conforme a delegada titular da DP de Giruá, Elaine Maria da Silva, um inquérito foi instaurado para determinar o que de fato aconteceu. Há indícios que o motorista tenha tentado parar o carro no momento em que atingia a vítima, e que ele seguiu trajeto mesmo assim.
"As lesões no corpo da vítima e os danos no veículo são compatíveis com a colisão. No entanto, a análise preliminar do carro indica que o condutor tentou frear na hora do acidente. Ele pode até alegar que pensou ter atingido um animal, mas o impacto de atropelar uma pessoa é muito mais forte que isso. Seria possível sentir”, avalia a titular da DP de Giruá.
Com informações do Correio do Povo.
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