Poliomielite: Pará investiga caso de paralisia em criança de 3 anos Postado sexta-feira, 7 de outubro de 2022 ás 09:08
A Secretaria de Saúde do Pará (Sespa) investiga um caso suspeito de Poliomielite em um paciente de 3 anos, morador da cidade de Santo Antônio do Tauá, no Nordeste do Estado. Em exame, foi detectado o vírus Sabin Like 3, que é um dos componentes da vacina, não se tratando do pólio vírus selvagem - já erradicado no país desde 1994. Apesar do resultado, a Sespa afirma que “outras hipóteses diagnósticas não foram descartadas, como Síndrome de Guillain Barré". Portanto o caso segue em investigação conforme o que é preconizado no Guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde.
A criança começou a apresentar os sintomas em 21 de agosto, com
febre, dores musculares, mialgia e um quadro de paralisia flácida aguda,
um dos sintomas mais característicos da poliomielite. Dias depois,
perdeu a força nos membros inferiores e foi levada por sua responsável a
uma UBS (Unidade Básica de Saúde) no dia 12 de setembro.
A pólio, também conhecida como paralisia infantil, é transmitida por
água e alimentos contaminados ou contato com uma pessoa infectada. A
doença afeta principalmente crianças com menos de cinco anos de idade.
Uma em cada 200 infecções leva a uma paralisia irreversível, geralmente
das pernas. Entre os acometidos, 5% a 10% morrem por paralisia dos
músculos respiratórios.
Em nota, a Sespa ressalta que “presta toda a assistência ao paciente,
que se recupera em casa, bem como, atua para a rápida investigação e
esclarecimento do caso.” O Ministério da Saúde também acompanha o caso.
O Brasil recebeu o certificado de eliminação da pólio em 1994. No
entanto, até que a doença seja erradicada no mundo, existe o risco do
país ter casos importados e o vírus voltar a circular em seu território.
Para evitar isso, é importante manter as taxas de cobertura vacinal
altas e fazer vigilância constante, entre outras medidas.
Como é o esquema vacinal contra a poliomielite?
O PNI (Programa Nacional de Imunizações) indica que a imunização das
crianças devem ser por meio de três doses da VIP (vacina inativada
contra poliomielite), aos 2, 4 e 6 meses de vida da crianças. As 15
meses e aos 4 anos todos devem receber o reforço com o imunizante da
gotinha, via oral, que contém o vírus atenuado da doença.
Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde informou não há registro de circulação viral de
poliomielite no Brasil. A pasta acrescenta que enviou equipe ao estado
do Pará nesta quinta-feira para investigar um caso de paralisia flácida
aguda. O ministério ressalta que, de acordo com informações enviadas
pela Secretaria Estadual de Saúde, o caso pode estar relacionado a um
evento adverso ocasionado por vacinação inadequada e não se trata de
poliomielite.
A vacinação contra a pólio por via oral, com as gotinhas, só está
prevista no Brasil para crianças que já foram imunizadas com as três
doses da vacina injetável intramuscular, o que não teria acontecido
nesse caso.
"O Ministério da Saúde reforça que pais e responsáveis vacinem suas
crianças com todas as doses indicadas para manter o país protegido da
poliomielite, doença erradicada no Brasil".
Com informações do Correio do Povo e foto de Marcelo Camargo da Agência Brasil.
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