A Polícia Federal encerrou, nesta segunda-feira (31/7), a investigação relacionada ao tráfico internacional de uma criança de Guiné Bissau, um dia após o Dia Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, comemorado anualmente em 30 de julho. A criança foi trazida ilegalmente do outro país para Santa Maria.

O relatório final foi finalizado e encaminhado ao Ministério Público Federal em menos de dois meses, com a colaboração de diversos órgãos públicos e a atuação efetiva dos policiais federais. As autoridades policiais de Guiné Bissau também auxiliaram no caso.

Durante as investigações, a PF descobriu que a investigada viajou sozinha até o país africano em dezembro de 2022 e retornou ao Brasil em fevereiro de 2023 com uma criança, valendo-se de diversos documentos ideologicamente falsificados, dentre os quais o passaporte.

O registro fraudulento da criança foi realizado ainda em Guiné Bissau, dando a ela outro nome e constando a informação de que a investigada seria sua mãe biológica, assim como seu pai biológico seria um brasileiro, que manteve relacionamento amoroso com investigada no segundo semestre de 2021.

Após a realização de exames periciais, os peritos criminais federais constataram que os brasileiros não eram os pais biológicos da criança. O suposto pai colaborou com as investigações, sendo comprovado também ser uma vítima do caso.

A investigada será indiciada pelos crimes de tráfico de pessoas, uso de documento falso, falsidade ideológica, injúria e coação no curso do processo.

Os pais biológicos da criança foram devidamente identificados em Guiné Bissau. A criança segue acolhida pelo Conselho Tutelar de Santa Maria/RS até decisão judicial.

Outros casos contendo qualquer violação de direitos humanos podem ser denunciados através do Disque 100, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

Comunicação Social da Delegacia de Polícia Federal em Santa Maria.